• 23/07/2024

    Com investimento de R$ 10 milhões, Fumacense Alimentos dobra produção de energia sustentável a partir da casca de arroz

    Indústria catarinense ampliou capacidade da usina termelétrica própria e passa a abastecer todo parque fabril da matriz, além de gerar excedente

    Fabricar produtos de alta qualidade sem prejudicar o meio ambiente é um dos objetivos cada vez mais presentes no desenvolvimento de grandes negócios. Investindo novamente em sustentabilidade, a Fumacense Alimentos investiu R$ 10 milhões para dobrar a produção de energia elétrica em sua usina termelétrica própria que, agora, abastece todo o parque fabril da matriz, além de gerar excedente.

    Em um projeto que começou a ser desenvolvido em 2015 e executado em 2022, a empresa cerealista de Morro da Fumaça (SC) adquiriu novos maquinários que possibilitaram atingir 2700 kWh de geração de energia. Conforme explica o coordenador da Central Termelétrica da Fumacense Alimentos, o engenheiro eletricista Lucas Tezza, muitos estudos foram necessários para chegar à estrutura ideal de uma proposta que atendesse todas as necessidades da indústria.

    Com investimento aproximado de R$ 10 milhões, os novos equipamentos contam com uma tecnologia mais eficiente, que aumenta a geração de energia demandando da mesma quantidade de matéria prima que vinha sendo utilizada pela empresa nos últimos anos. A turbina, por exemplo, possui uma condensação a vácuo, que facilita a passagem do vapor e, por consequência, aumenta os resultados. Prova disso é o alto desempenho, que passou de seis mil para oito mil rotações por minuto, aumentando a velocidade de trabalho. Além disso, o gerador também é maior, tanto em sua dimensão física quanto em termos de potência.

    Controle unificado e remoto

    Funcionando 24h, todo o controle pode ser feito de maneira unificada e remota, por meio de um software no computador. Assim, em único aplicativo é possível analisar diversos dados além da própria geração de energia, como a pressão e vazão do vapor, consumo de energia da fábrica, volume exportado e qualidade.

    “Outro benefício é que o painel pode ser acessado de maneira remota, desde que com o acesso liberado, possibilitando o acompanhamento em qualquer lugar, basta apenas ter acesso ao Wi-Fi”, complementa Tezza.

    Comercialização do excedente

    A projeção é que, neste segundo semestre, a Fumacense Alimentos consiga comercializar o excedente de energia gerada para o sistema elétrico. Assim, a empresa conseguirá compensar o gasto da unidade de Alegrete (RS) e da Cervejaria do Grupo EZOS, localizada em Forquilhinha (SC).

    “Já temos a licença do Instituto de Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), a autorização da Cooperativa Fumacense de Energia (CERMOFUL) e a validação da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE)”, explica o coordenador da Central Termelétrica.

    Tecnologia como aliada

    Impulsionada por tecnologias de ponta tanto no que diz respeito a automação quanto nos próprios equipamentos, a empresa avança novamente em direção a um futuro mais sustentável. “Esse investimento reflete não apenas o compromisso da empresa com o meio ambiente, mas também sua visão de longo prazo para reduzir seu impacto ambiental”, frisa Tezza.

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